Nasa finalmente revela sua análise mais recente sobre OVNIs no espaço
Relatório especial vêm a público após meses de espera, despertando a atenção de cientistas e interessados. Conheça detalhes do documento.
Bruce McCandless se tornou o primeiro astronauta a manobrar livremente no espaço, sem estar preso a um veículo.
Publicado 14 de set. de 2023, 16:30 BRT
A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, apresentou na quinta-feira, 14 de setembro, sua mais recente análise do estudo de fenômenos anômalos não identificados (UAPs, na sigla em inglês), anteriormente descritos como objetos voadores não identificados (OVNIs).
A equipe envolvida na pesquisa é composta por 16 especialistas de vários campos e tem como objetivo relatar possíveis dados que esclareçam a natureza e a origem dos UAPs, disseram os envolvidos durante uma coletiva de imprensa.
A realização do estudo havia sido anunciada, primeiramente, em julho, mas o relatório final foi apresentado apenas agora, em setembro, sendo de extrema relevância para entender a possibilidade de vida extraterrestre.
De acordo com a agência espacial, o termo se refere a «observações de eventos no céu que não podem ser identificados como aeronaves ou fenômenos naturais conhecidos de uma perspectiva científica».
Atualmente, há um número limitado de observações de alta qualidade de fenômenos anômalos não identificados, o que torna impossível tirar conclusões científicas definitivas sobre sua natureza e procedência.
UAP é uma redefinição da sigla OVNI devido ao relato errôneo de várias luzes no céu que, após investigação, revelaram ser planetas, foguetes ou cometas que vagam pelo espaço.
Como nem todo avistamento diz respeito a um objeto em si (poderia ser um planeta ou cometa, como explicado acima), a Nasa decidiu mudar a terminologia de “objeto voador” para “fenômeno anômalo”.
A agência espacial encomendou o estudo que foi divulgado hoje para «examinar os UAPs de uma perspectiva científica e criar um roteiro sobre como usar os dados e as ferramentas da ciência para melhorar a compreensão dos fenômenos anômalos não identificados».
“O universo é tão vasto que poderia haver uma réplica de vida em outro sistema solar. A anos-luz de distância deve haver sinais de vida mais avançada do que nós e, quando soubermos, contaremos”
Diretor da Nasa
Nicola Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da Nasa, disse que os fenômenos anômalos não identificados representam um dos maiores mistérios atuais.
Entretanto, «a linguagem científica são os dados e é a partir deles que a administração da aviação determinará a origem e a natureza desses fenômenos», disse Fox. O relatório não traz nenhuma evidência concreta da existência de extraterrestres.
«Qual é a probabilidade matemática de que exista vida fora da Terra?», foi a pergunta feita por Bill Nelson, diretor da Nasa, ao público. De acordo com ele, graças aos estudos do Telescópio Espacial James Webb é possível entender que há mais galáxias com bilhões de estrelas.
«O universo é tão vasto que poderia haver uma réplica de vida em outro sistema solar. A anos-luz de distância deve haver sinais de vida mais avançada do que nós e, quando soubermos, contaremos», disse.
A agência espacial trabalhará com documentos civis registrados por pilotos comerciais, privados e militares para compilar informações de UAPs em todo o mundo. Isso ajudará a melhorar a qualidade dos relatos e a remover o estigma que cerca os estudos desses fenômenos desconhecidos.
«Se alguém observar e registrar a aparição de um UAP de forma inesperada, precisamos que ele relate”, disse Fox.
Nelson disse que o objetivo é mudar a visão dos UAPs do sensacionalismo para a ciência; isto é, fazer com que o tema seja encarado pela sociedade por uma perspectiva científica, com dados e transparência.
Outro ponto que levanta muitas dúvidas das pessoas é se os UAPs apresentariam algum risco para a vida na Terra. A questão também será analisada pela Nasa.
Primeiro, a agência pretende descartar os registros de UAP que seriam fenômenos conhecidos (como balões, drones, aeronaves ou outros).
Em seguida, eles irão determinar se esses UAPs representam ameaça para a segurança. «Acreditamos que o estudo dos UAPs representa um avanço empolgante em nossa jornada para explorar o espaço», concluiu Daniel Evans, administrador adjunto da Diretoria de Missão Científica da Nasa.
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